E eu tenho esses pensamentos sobre métricas...
O desafio que eu vejo não é tanto sobre como recolher métricas no desenvolvimento de software. Vários anos usei métricas (quem lembra do famoso ciclomático?) quando trabalhava em sistemas de missão crítica e sempre tentei deixar o meu código e modelos de implementação tão bom quanto possível, sem ser muito louco por tudo.
O que é um bom nível de métrica? Sim, isso todos nós sabemos, "Você não pode melhorar o que você não mede."
Mas o que estamos tentando melhorar? Qualidade? Confiabilidade? Agilidade para fazer alterações? Lucro?
O que fazer para correlacionar uma medição a um resultado desejado? Podemos vincular um conjunto de métricas e o seu impacto sobre as metas comerciais para o software? Menos complexidade igual a mais lucro e mais (felizes) clientes?
Ou vamos parar logo para que "sensibilidade" (métricas) atinjam "qualidade" e, presumo que se medirmos uma determinada aplicação para satisfazer o "direito" no nível de qualidade, o valor comercial irá naturalmente seguir?
Este é um dilema difícil para a nossa indústria. Mas temos que começar por algum lado.
No mundo da engenharia, existem medidas que podem ser vinculados ao desempenho desejado e custo. Precisamos de algo semelhante que queremos ver maduro, e não apenas saias-justas, desculpas e "sensibilidade" técnicas; muito menos aves de mau agouro (embora acho essas aves úteis).
Estou certo que algumas pessoas têm isso como uma ciência ... e para eles, deve ser uma bela vantagem competitiva que é provavelmente difícil para partilhar publicamente.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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2 comentários:
Excelente discussão.
Hoje as organizações utilizam métricas não para melhorarem sua produção e, consequentemente, qualidade.
Métricas hoje são utilizadas para justificar o injustificável; para tentar de alguma forma explicar o que aconteceu de errado.
Ora, se métricas não estiverem associadas a ações, dependendo do valor obtido, de nada servem.
Por isso eu sou fã do BSC...
Achei o Tantã pouco conclusivo, apesar de ter tocado num ponto interessante.
Minha opinião é de que tudo depende do contexto e que a qualidade não deveria estar relacionada a métricas, mas sim a complexidade. Dividir o bolo em fatias e saborear cada uma delas, sem passar para a próxima antes de ter terminado de comer a primeira.
A questão é que quando o contexto diz: "Não temos que ser perfeitos, precisamos ser competitivos" ai as preocupações com métricas se deixam levar.
Sugiro a leitura de:
http://br.hsmglobal.com/adjuntos/14/documentos/000/070/0000070563.pdf
se não conseguir abrir...
http://br.hsmglobal.com/notas/52603-o-fim-do-taximetro
Abraço
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